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A HARUI ORIGAMI SURGIU DA MINHA VONTADE DE COMPARTILHAR ORIGAMIS E AS DIVERSAS TÉCNICAS DE ARTE QUE TRABALHO.

COMO A ARTE NÃO TEM LIMITES, NÃO NOS LIMITAREMOS AO ORIGAMI, MAS PROCURAREMOS, NA MEDIDA DO POSSÍVEL, INCLUÍ-LO EM OUTRAS TÉCNICAS E PRODUTOS.

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HELOISA MAYUMI

07/08/2012

BATEU UMA SAUDADE....

Desde que me entendo por gente, vejo trabalhos artesanais na minha casa. Minha mãe faz tricot e crochet como ninguém, e se aventura em pedraria, tapeçaria e o que vier, sem medo...
Tenho uma outra tia que também faz coisas lindas: quadros, bolsas, bonecas.. a Sofia.
Outra que trabalha com mdf e aiai, chocolates, que horror! rsrs tia Branca.
E uma outra queridíssima também que é professora de ikebana, faz arranjos tão perfeitos que tiram o fôlego: a Teresinha.

Eu sempre gostei de tudo um pouco nesse mundo dos trabalhos manuais... bordado, tricot, crochet, confesso que não sou muito boa em pintura. O origami sempre andou comigo e hoje sinto-me feliz por conhecer tantas pessoas ligadas a este mundo, que têm a mesma sensação que eu quando dobram um pedaço de papel e percebem a transformação ali na sua frente. Porque tem gente que não gosta ou não entende, que já chegou a dizer que eu surtei.

Sei que tenho uma longa estrada a trilhar e fico cada vez mais exigente com o que faço pois hoje, não são apenas meus parentes e amigos de infância que têm acesso ao que faço. Hoje conheço incríveis origamistas, que fariam o que faço milhares de vezes melhor. Mas ao mesmo tempo não faço nada para agradar especificamente um grupo, nem estou preocupada do que vão achar, se sou iniciante ou expert. Na verdade acho mesmo que a arte, como conhecemos é um resquício de tudo o que ainda temos para descobrir no universo. Simplesmente faço por prazer, tentando melhorar. E é a prática que leva ao aprimoramento. Não solto elogios à toa também... mas ultimamente estou conhecendo muitas pessoas que merecem o reconhecimento sincero. Não estou em uma competição e nem tenho a intenção de ser unânime, pois isso não existe. Faço tudo com dignidade e certa de que tenho muito que aprender ainda.

Fico procurando inspiração em imagens e acredito mesmo que sou inspirada por uma pessoa muito querida. Esses dias deu vontade de revirar o baú da saudade. É doloroso, a gente chora, sente a falta física... mas ao mesmo tempo é gratificante. Sei que tenho alguém que olha por mim de um lugar muito melhor. E aí me deu vontade de compartilhar o que ela fazia...

Madrinha, estou aqui, lutando e aprendendo. Não sei se vai dar certo, mas estou tentando. Sinto tua falta. Te amo!






Meia hora depois deste post, minha prima, filha da minha madrinha me lembrou que amanhã vai fazer 17 anos que ela não está mais conosco. Cada vez acredito menos que existam acasos. Eu não lembrei disso, apenas deu saudade e decidi postar. E agora, estou respirando fundo para voltar a trabalhar, conter a emoção.
Estes são os cartões em papel vegetal que minha madrinha fez para mim. Os que sobraram. Morei em uma casa que era constantemente atingida por enchente e perdi muita coisa. Mas estes, ainda bem, ficaram para contar um pedaço dessa história, que, como disse acima, dói de lembrar mas ao mesmo tempo nos faz continuar a seguir em frente.

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